Cara, como tá difícl escrever. Um pouco por estar enferrujado, e outo tanto por eu ter muita coisa pra comentar dessa revista e não querer transformar esse post num livro.
VAMOS AOS FATOS
os mulek da justiça
Jim Lee e Geoff Johns são os responsáveis pela revista da Liga da Justiça, que inaugura o novo Universo da DC. Um artista popular, mas bem questionável, e um roteirista que ainda não sei se é bom, mas anda numa fase ruim, ou é ruim e já teve uma fase boa.
A edição empolgou ? Empolgou. Ia mentir se dissesse que não. Mas deixou, muito, muito à desejar. A trama é toda corrida e deixa uns lapsos que me incomodaram. O Batman tá caçando um alien (um bem ridíclo) e topa com um tal Lanterna Verde; eles não se curtem muito, mas vão atrás do bicho (que é biológico e mecânico dum jeito tosco), que explode e deixa só um artefato cúbico. Os dois lembram do Superman, que "todo mundo sabe" é um alien, e vão perguntar o que ele sabe disso. Aí o Super dá um soco atômico no Lanterna e a revista acaba.
BITCH SPLAP!
Longe (mas não muito) disso, a gente conhece Vic Stone, um puta jogador de futebol americano, filho de um cientista que estuda os recém surgidos metahumanos. Sim, é o início da origem do Cyborgue.
O novo status quo do universo por si só, é bem interessante, pouco explorado nas 22 páginas, claro: mas um dos pontos que mais me agradou. Os metahumanos são um elemento muito novo nesse mundo, que até pouco tempo, era chato e com contas de luz atrasadas, como o nosso. Heróis e vilões não são conhecidos do público, e por via das dúvidas, o governo tenta capturar qualquer um com uma roupa mais escandalosa que a da Lady Gaga. Se isso vai realmente influir em algum ponto, ou vai ser só cosmética, só acompanhando pra descobrir.
O Jhons sempre foi competente em construir diálogos, principalmente entre personagens contrastantes; Muito bom ver o Batman e o Lanterna, se conhecendo e já começando a se destestar. Afinal, é de se esperar que um herói que usa o medo como meio de aplicar justiça, acabe se desentendendo com um que usa o poder da coragem, pra o mesmo fim. Não é nada de novo (quem leu "Lanterna Verde Renascimento, já leu o melhor desses diálogos de efeito), mas é divertido, e isso já conta muito.
Falando das personalidades, fica bem claro que o cinema venceu sobre Hal Jordan, e agora ele é o mesmo babaca, engraçadinho e fanfarrão do filme. Eu sei, o Hal das hqs era tudo isso também, mas era diferente, era mais honesto: Parecia mais com um tio de bar, e menos com um boy de balada. O Batman, aparentemente não mudou muito, continua cheio de mirabolices e paranóias. O mais afetado pelo relaunch, foi o Superman, que ficou mais novo, colocou a cueca pra de baixo da calça, e tá todo boladinho. Chegou de soco no Lanterna, e fez pose pra última página da revista, todo estrelão.
"ninguen me guenta kkk"
Agora, sobre o Jim Lee: um merda como sempre. Ponto.
Não. Vamo além disso. Deixa eu falar de umas paradas isoladas, quem me chamarama a atenção, já que a "arte" dele como um todo, é fecal. O alien do início da história é muito, muito escroto, qualquer outra coisa teria sido melhor que aquilo. Tem uma cena que ele muda de forma, só pra falarem que ele parece um Transformer (sacaram ? é essa a grande "atualização", da DC, citar Michael Bay). O uniforme do Batman tá parecendo mais realista, tipo uma armadura e tal, como o dos jogos atuais. Ficaria bom, se não fosse desenhado pelo Lee. A máscara do morcego tá menos colada no rosto, se solta quanto ele toma uns tapas, achei um detalhe bem realista. O uniforme do Lanterna ficou mais simples, mas parece o que ele usava na época do Ivan Reis. O que eu não gostei foi dos construtos do anel, todos com muitos detalhes. E o Superman, bem, é esse cara novo e descolado, sem cueca por cima da calça e só.
Enfim. O que mais decepciona, na revista, e em toda a reformulação dos personagens, é que a DC confirma a idéia noventista, de herói estourado, moderno, e cínico. Não acho que todos tenham que ser pináculos da perfeição, mas ver esse Hal arrogante, e um Superman violento, me frustra. Falta o sentido básico de heroísmo: De fazer um bem maior. Do certo pelo certo. Não vi nada assim em página nenhuma da revista, espero que não esqueçam desse "detalhe" nas próximas edições.
O veredicto final: Meus heróis favoritos morreram e eu tenho que me contentar com essa versão "geração ps3" deles. Não estou nada feliz, mas é o que tem no menu.
Esperar o quê dessa gente... Infelizmente isso eu já sabia. Agora é rezar para um Re-Reboot.
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