quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Deathstroke #1


Uns anos atrás li “Crise de Identidade” na fnac, e lembro vagamente de uma participação do Exterminador, dando conta sozinho de uma parte de Liga, ou algo assim. E eu curtia jogar com ele no Mortal Kombat VS DC Universe. Éra só isso que conhecia dele, tudo que eu sabia (sei) é que ele é o Deadpool sem o humor escroto (“mimimimi, mas o Exterminador veio antes”, EU SEI DISSO!). Então o que vou relatar aqui é basicamente minha primeira impressão sobre o personagem.

E na verdade acho que não tem muito o que falar, a trama é simples, típica história de mercenário, mas também mostra o drama do cara que tá ficando velho e todo mundo acha que ele não dá mais conta do serviço. O elenco de apoio serve para seu propósito (ser babaca).

Babacão, Babaquera e Babaquinha. Os Babacas Alfa.

Não sei se é porque sou leitor “novato” do personagem, mas não esperava que a história terminasse como terminou. Fui surpreendido e achei bão! E com esse cara querendo “se firmar no mercado”, acho que dá pra esperar coisa boa ae. Vamos torcer pra que Kyle Higgins seja tão fã de Garth Ennis como a gente! A arte de Joe Bennett “não é terrível”, só é foda ter que ver o Deadpool tirar a máscara e dar de cara com o Cable de barbicha...

Vai falar que um não é a cara do outro?

Mas isso sou eu falando. E vocês me dizem, curtiram? Ele tá muito diferente da versão pré-reboot ou continua na mesma? A impressão que tive é que optaram por fazer como em Homem-Animal e mostraram o personagem num estágio mais avançado de sua carreira. Afinal, se o Batman já agia na surdina antes do surgimento dos outros heróis, um mercenário também pode estar na ativa há muitos anos.

Resumindo, a Deathstroke #1 tem uma história simples mas promissora, certamente um dos títulos que vou acompanhar. E eu quero ver esse maluco enfrentar o BÁTEMA!

Senhor Incrível #01

Aí vai tudo que eu sobre o Senhor Incrível: É o terceiro cara mais inteligente do mundo, atleta de nível olímpico, usa uma máscara engraçada, e tem essas "i-esferas" que ficam flutuando na volta dele. Então, como podem notar, não sou um especialista no personagem. O cara fazia parte da Sociedade da Justiça, mas com o reboot, e a extinção do grupo, provavelmente deve ficar só em carreira solo.

o novo e Senhor Incrível
Justamente por ser um personagem mal aproveitado, vejo o reboot como uma ótima chance pro rapazinho crescer e ganhar alguma relevância no Universo DC. Mesmo já tendo lido um bom número de histórias da SJA, não lembro de ter visto nenhuma que se focasse nele, ou que mostrasse algo interessante e inovador sobre o personagem. Da velha encarnação, só vou sentir falta da jaqueta maneira que ele usava..

a finada jaqueta
Eric Wallace, seja lá quem ele for, fez um bom trabalho nessa primeira edição, "recachutou" mesmo o negão mascarado, com uma história aventuresca e inteligente, e de um clima meio "Wildstorm ligth" pro herói, que agora combate vilões metafísicos e tem uma fortaleza em algum lugar na nona dimensão (dizem que o aluguel lá ainda é barato). O Incrível, apesar de ser negro, nunca foi um herói usado pra levantar bandeiras politicamente corretas ou panfletarias, e felizmente isso não mudou. A etnia dele não é ignorada, mas também não sobrepõe sua personalidade. 

Pro traço do desenhista (Gianluca Gugliotta) casar perfeitamente com a história, só faltou um pouco mais de dinamismo nas cenas de ação. E acentuar mais os traços de fisionomia, pra diferenciar bem, negros e brancos.


Um ponto básico do personagem, e o único diferencial relevanete dele, é o de que, apesar de ser um super gênio, nunca reprime seu lado mais sentimental. Eu sei, parece meio gay, mas é a verdade; Lembram que o Raplh Dibny fala exatamente disso, em um das edições de Crise de Identidade ? Justamente por usar o emocional, junto com o intelectual, o Senhor Incrível às vezes tem idéias e pontos de vista que nem mesmo o Batman saca. 

Justamente por esse conceito, o vilão que dá as caras na edição um, é interessante, por que representa exatamente o oposto: uma força intelectual completamente desapegada dos sentimentos e da moral. Tô levando fé de que vai rolar umas histórias bem divertidas.

vocês lembram dessa vagaba ?
Fora isso tudo, quero agradecer publicamente, ao vizinho que tá usando uma furadeira barulhenta dos infernos, que me ajudou a não dormir enquanto eu escrevia esse post. Um beijo nas crianças, um aperto de mão para os homens, e até a próxima.  

Monstro do Pântano #01

Pobre Alec Holand, estudou, virou um puta cientista, desenvolveu uma fórmula bio-restauradora capaz de tornar até a Vila Nhocuné um terreno fértil, mas um incidente no seu laboratório fez o cara virar uma tocha humana, e caiu morto no meio do pântano. Do churrasquinho de gente que sobrou, surgiu o elo perdido entre o homem e o pé de repolho: Monstro do Pântano.* 

até um monstro tem namorada e
amigos, e você aí, lendo blogs
Por alguns anos o verdão teve umas aventturas não muito populares,  que só serviram mesmo pra dar o tom das histórias; Apesar de estar dentro do Universo DC tradicional, os roteiros tinham um clima bem mais sombrio, com elementos de filmes de terror B, com ficção científia e misticismo. Quando um inglês barbudo e drogado conhecido como Alan Moore assumiu o título, investiu bastante nessa temática, e  fez o Monstro cair na porrada com demônios, zumbis, lobisomens e fiscais do imposto de renda. Moore elevou o nível das histórias, e dos quadrinhos, como um todo, numa obra até então sem comparações; The Swamp Thing Saga, era um revista de horror perturbadora, com filosofia, ecologia e poítica, misturados perfeitamente, que juntas formam (na minha humilde opinião) a melhor obra do Bardo Barbudo

Tudo muito bom, e muito bonito, mas essas aventuras estavam ficando muito pesadas e maduras pro universo tradicional da DC, então, quando surgiu o selo da Vertigo, Monstro do Pântano e seu amigão Constantine, migraram pra lá, e desapareceram da terra do Superman. Ok, isso durou muito tempo, mas no Dia Mais Claro, Geoff Johns ressucitou o senhor das ervilhas, e o reintroduziu na linha tradicional.


A sinopse da nova revista é assim: Ao redor dos Estados Unidos, grandes quantidades de animais estão morrendo de súbito. No Arizona, a ossada de um mastodonte se levanta e sai andando. Enquanto isso, o recem ressuscitado Alec Holland pracisa descobrir o que sobrou da sua vida antiga, e o quanto vai precisar reconstruir. E, o Superman aparece, só pra dar um oi.

Já tinha ouvido falar do Snyder, por causa da mini-série "Portões de Gotham", mas não tinha sido apresentado pessoalmente ao rapaz. Que posso dizer ? Tem minha confiança logo de cara. Além de ter a sabedoria de não alterar a temática de ocultismo bizarro das histórias, conseguiu fazer isso dentro do mesmo universo habitado por personagens menos sombrios. A presença do Superman em algumas páginas, serve pra confirmar isso. Fiquei bem curioso pra saber como vai ser as relações do novo status quo do elenco, que mudou bem radicalmente. Só faltou dar umas pistas sobre o paradeiro de alguns outros personagens, como Abby (a única mulher do mundo, que beija um home-planta, sem cobrar nada), a filha deles Teffé (acho que nem deve existir mais), e os tiozinhos do Parlamento das Árvores**

SURPRESA!
Yanick Paquette também foi uma grata surpresa pra mim. Já não sei se a DC resolveu dar espaço pra artistas novos, ou sou eu que não entendo porra nenhuma. O caso é que Yanick (nome maneiro) manja muito nos desenhos, e em um ou dois painéis mais soltos, me fez lembrar do fodaço J H Williams III. E caso não tenham notado ainda, eu revelo: Os parágrafos sobre desenhistas são sempre curtos por que eu nunca tenho muito pra falar sobre eles, aí fico tentando encher linguiça. Desenhista é bom ou não, ponto. E o mano Yanick é um dos bons.

 É isso aí, amiguinhos, um título promissor, com um desenhista e um roteirista promissor, agora é só rezar pra que façam sucesso o suficiente pra não serem substituídos nos próximos quatro meses, igual vai acontecer com o J T Krul, que vai passar o Arqueiro Verde pras mãos da dupa Jurgens/Giffen. Parabéns campeão.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Homem-Animal #01

 

Vocês conhecem o Homem-Animal ? Buddy Baker era um cara normal, o azar dele era viver no universo DC, onde invarialvelmente acontece algo bizarro na vida de todo mundo que protagoniza uma revista. Com ele não foi diferente, saiu com os amigos pra caçar e acabou sendo torrado pela radição de uma na alienígena, felizmente os aliens eram pacíficos (coisa rara) e resolveram reconstruir o corpo do cara, utilizando a tecnologia deles, e as pesquisas que estavam fazendo, sobre a fauna do nosso planeta. À partir daí, Buddy foi capaz de absorver as habilidades de animais que estavam à sua volta, e se tornou o Homem-Animal.
O personagem fez um sucesso mínimo, e acabou quase esquecido, até que o verdadeiro e absoluto detentor do título de "melhor escritor careca que já existiu", Grant Morrison, foi chamado pra fazer uma mini-série do cabra. A mini fez sucesso o suficiente pra se transformar em revista mensal. Nas vinte e seis edições que seguiram, as histórias do Homem-Animal falaram sobe ecologia, direito dos animais, e outros assuntos greenpecianos relevantes, tudo com uma carga esquizóide de ficção científia, terror e misticismo. Foi lendo essas histórias, que eu me tornei um fanboy, por isso o "A-Man", é um velho conhecido meu.


Grant Morrison criou o clima perfeito pra se contar histórias desse personagem, e foi seguido por escritores que vieram depois, gente competente, como Peter Milligan e Tom Veitch. Infelizmente nos útimos anos, isso estava se perdendo, e Buddy Baker estava praticamente voltando ao limbo. Então veio o reboot. 

Quando começaram a sair as primeiras notícias sobre o reboot, eu, e a maioria dos outros puritanos, torcemos o nariz. Contrataram um escritor meio desconhecido, um desenhista esquisito, e inventaram até um novo uniforme. Parecia o início de uma bela cagada. Mas eu e os puritanos estavamos errados.

A edição um, do novo, e rebotado Homem-Animal, começa com uma entrevista com o próprio. A página serve muito bem pra nos situar, ficamos sabendo que ele está se aposentando da carreira de herói, para se tornar ativista do direito dos animais, em tempo integral, e está atuando num filme de drama. Essa idéia, de usar outros meios pra completar uma hq, me fez ter boas lembranças, especialmente da época em que Alan Moore se preocupava mais em escrever quadrinhos, do que em posar como senhor absoluto da nona arte.


É complicado contar o que vem depois disso, por que falar de qualquer das outras cenas, pode estragar a surpresa de quem ainda não leu. Mas em termos gerais, é um alívio descobrir que Jeff Lemire resolveu se aprofundar nos conceitos mais clássicos do herói. Buddy é um cara com poderes, mas é diferente de qualquer outro super, sua identidade é pública, e a essa altura a sociedade vê ele como um rosto confiável. Além disso, ele é um pai de família, com dos filhos para criar, e tem dramas mundanos, como um Homem-Aranha adulto, entende ?

Jeff Lemire é praticamente um desconhecido, escreve a série "Sweet Tooth" pra Vertigo, mas ela é tão peculiar, que não serve de parâmetro pra nada. Não fazia idéia do que esperar dele. Mas o cara é mesmo um prodígio, o modo como consegue mostrar personagens profundos e cheios de humanidade, em míseras 22 págias, é incrível. E o cara manja de construir cenas nojentas.

Já o Travel Foreman, é mais um desses desenhistas que eu nunca tinha ouvido falar, e aparentemente surgiu do nada. Que se pode dizer ? O traço dele é bem fora do comum, normalmente não me agradaria, mas como valoriza os traços de expressões faciais, e a anatomia humana mais realista, ajuda muito a contar a história. É ótimo saber que a DC ainda contrara artistas que não seguem o padrão Jim Lee.


No mais, fiquei bem ansioso pra seguir lendo essa série, é bom ter uma surpresa agradável, e sair do padrão super heróico raso, só pra variar. Vou esperar pra ver qual vai ser a próxima aventura bizarra em que Buddy vai se meter,  como a Ellen vai reagir, qual vai ser o próximo desenho da Maxine, e descobrir quando Cliff vai começar a fumar maconha. Tudo como nos velhos tempos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Homens de Guerra #01

Sargento Rock e a Compania Moleza! Nem eles escaparam dos pérfidos tentáculos da rebootagem. Bem, mais ou menos. Men of War não é sobre os soldados durões que se metiam em missões suicidas durante a Segunda Guerra. A onda é a modernidade, o pessoal tá cansado de nazistas e Adolf Hitler, por isso, o que rola é que vamos acompanhar a vida do neto do Sgt. Rock original, Joseph Rock.

Call of Dutty style

Joseph é "o cara", o típico soldado protagonista, desrespeita ordens de superiores, não recua e sempre resolve as paradas, e claro, tem uma cicatriz no rosto. Certo não é assim tão ruim quanto parece, exceto por esses clichês, quase que obrigatórios pra uma boa história de guerra, o resto corre bem. 
O título é perfeito pra atrair novos leitores, de qualidade, com um cenário atrativo (todo mundo adora a guerra), um traço bacaninha, bastante ação e uma dose leve de drama. Não entendi exatamente que rumo a revista vai tomar, se vai ser espionagem paramilitar com elementos de quadrinhos de supers envolvidos (o Greg Rucka fazia isso muito bem em Xeque-Mate) ou algo mais "radical" tipo, Esquadrão Suicida e Sexteto Secreto, só que com soldados caindo no pau com os vilões. De qualquer forma, parece um título promissor..

é como eu me sinto, de ressaca
A revista é dividida em duas histórias, a primeira com roteiros do Ivan Brandon, e desenhos do Tom Derenick, que mostra como o novo Rock ganhou o posto de Sargento. A sacada de fazer as primeiras páginas quase que em preto e branco, e carregar no azul do olhos do Rock, é meio gay, mas ganha uns pontos pela criatividade (não que eu não tenha visto em Sin City, mas, vamos dar um desconto). Outra idéia interessante é mostrar, da visão do homem comum, as consequencias de uma porradaria entre super humanos. Já vimos várias vezes o Superman caindo no pau com vilões fodões, mas nunca mostraram a visão dos coitados dos moradores de Metrópolis. Agora, imagine essa briga acontecendo no meio de um campo de batalha. É massavéio pra caramba, mas é muito divertido.


Só faltou se aprofundarem na personalidade do protagonista, mas a edição dois promete resolver isso. Então tá tudo bem. 

Na segunda parte da revista, surgem Os Fuzileiros Navais, com uma história bem mais realista, definitivamente resgatando o estilo das antigas histórias de guerra da editora. Até suspeito que desenhista (Phil Winslade) seja veterano das hqs, por que o traço e a narrativa dele, tem um ar muito oldschool. 

mais um dia no front
Jonathan Vankin (roteirista) nos mostra o clima tenso das zonas de conflito urbano, de algum país sem nome, que claro, fica no oriente médio.É uma história sobre como nas trincheiras, bom e mal, são só uma questão de ponto de vista .Não tem como dizer mais que isso, por que é uma história curta.

O caso é que já tá tarde pra mim, meu café acabou e tenho muito trabalho pra daqui a poucas horas. Se puderem, procurem ler essa edição, é uma das poucas que eu realmente recomendo. E depois vá jogar seu FPS favorito.

sábado, 24 de setembro de 2011

Lanternas Vermelhos #01


Bom, sigo comentando uma revista na qual concentrei grandes expectativas, por dois motivos. O primeiro por ficar a cargo de Peter Milligan, que é um ótimo roteirista, e por ser sobre a tropa de lanternas responsáveis, nas páginas em que aparecem, por gastos desenfreados de tinta vermelha nas gráficas.

~le RAGE~

Estava realmente apreensiva em relação à essa revista, apesar de não duvidar da capacidade do Milligan em escrever uma boa história, mas pelo fato dos personagens da Tropa Vermelha serem tão desprovidos de nuances diferenciadas, que na minha cabeça era difícil conceber uma história com eles como personagens principais que não tivesse só violência e sangue em todas as páginas. Não que fosse algo ruim, mas não seria algo capaz de sustentar um título mensal, né?

Milligan utilizou, assim como Johns em Lanterna Verde, o gancho do final de Guerra dos Lanternas para desenvolver uma trama em cima da tropa vermelha, partindo do líder, Atrocittus. A arte fica a cargo do fantástico Ed Benes, ou seja, as páginas são bonitas pra caralho!

Ninguém mexe com o gatinho do Atrocitus
Em A Guerra dos Lanternas, descobrimos a história do Atrocitus, como ele foi o único sobrevivente de seu setor, dizimado pelos Caçadores Cósmicos sob ordens do guardião Krona, que fez isso apenas para provar para os outros guardiões que seu ponto de vista estava certo. Também acontece nessa saga um pacto entre Ganthet, Guy Gardner e Atrocitus, para que a tropa vermelha lutasse ao lado das outras. O que Atrocitus havia pedido aos dois para que ajudasse a tropa dos lanternas verdes foi a vida de Krona.

Só que com o desenrolar da saga, como vimos, Hal Jordan é quem acaba matando o guardião. O corpo de Krona é entregue a Atrocitus como forma dos dois lanternas verdes manterem sua palavra.

(clica que aumenta). "I'm married with you in my rage." HMMM.


Milligan parte do pressuposto de que, se a grande "missão" de Atrocitus era matar o responsável por dizimar o seu setor, agora o personagem se encontra sem propósito. E se utiliza disso para criar uma trama para a revista. Nesta primeira edição temos uma jornada introspectiva de Atrocitus, onde o lanterna decide tornar-se uma espécie de "arauto da vingança". Em paralelo, a história de dois irmãos da Terra, um deles provavelmente vai se tornar um lanterna vermelho.

Outro ponto interessante é a relação de Atrocitus com os outros membros da tropa vermelha. Parece difícil para o líder fazer com que eles entendam algo além de "matar", "raiva" e vomitar sangue. Então provavelmente teremos conflitos entre eles.

Definitivamente não foi o que eu esperava, mas não significa que seja ruim. Meu medo é o que vem a seguir, parece que Milligan tá trabalhando para criar um Justiceiro ou um Motoqueiro Fantasma da DC. E isso não seria muito legal.


Bom, essa é uma das que definitivamente temos que aguardar pra saber se a história vai convencer ou não. Segue aí a capa da próxima edição que é legal pra caramba, bem diferentona!



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lanterna Verde #01

Sinestro is back, bitches!

Depois do fiasco de LJA #01, ler Lanterna Verde #01 foi o momento de conferir se o Geoff Johns tornaria medíocre uma publicação na qual ele vinha trabalhando extensamente pré-reboot. Já adianto que, felizmente, não foi o caso.

Primeiramente, é necessário dizer que a revista dá continuidade aos fatos ocorridos em Guerra dos Lanternas, ao que parece tudo ainda é idêntico ao pré-reboot. Temos Hal Jordan expulso da tropa dos Lanternas Verdes por matar o Krona, Sinestro, ainda que contra a sua vontade, transformado novamente em um Lanterna Verde, e os smurfs de Oa sendo filhos da puta como já vêm sendo há um tempo.
Não negociamos com ~terroristas~


Devo dizer que achei a edição razoável, é divertida, mesmo que não seja nada de novo no front, apenas a continuação de uma saga que eu achei boa.


A revista já começa com um Sinestro, que - apesar de mais resignado do que eu acho que seria o aceitável - não concorda muito em se tornar um Lanterna Verde novamente. Os guardiões vem pra ele com um papo furado sobre aquilo ser uma chance de redenção.

Taí uma coisa que eu sempre quis ver...


Dá pra notar que os smurfs vão continuar aprontando altas confusões. Já nas primeiras páginas, aparentemente eles alteram a memória do Ganthet, que é o único guardião que tá contestando aquela merda toda (inclusive ele voltou a usar o uniforme de Lanterna). Fica evidente que logo as coisas na tropa dos Lanternas Verdes vão tomar um outro rumo, visto que a implicância dos guardiões com os sentimentos, em específico, tão deixando todos os membros insatisfeitos. Logo rola uma revolução por lá, anotem o que eu tô dizendo!

Hal Jordanices de sempre, agora sem anel pra alegria da geral

Apesar de não ser mais um Lanterna, obviamente o foco da revista continua no Hal Jordan. Johns parece fazer questão de deixar o personagem na MERDA, o foco da revista vai ser sua trajetória do herói, até ele ressurgir glorioso como Lanterna Verde de novo. Johns tornou o Hal Jordan um garotinho juvenil criado a leite com pêra e ovomaltine na geladeira. Sejamos francos, o cara tá patético.

Fica difícil dizer cronologicamente onde os acontecimentos de Green Lantern 1 se encaixam, como a maioria dos lançamentos da DC. Tá todo mundo meio ~LOST~. Ao que parece, a história acontece uns 5 anos depois de LJA 1, que mostra Hal Jordan como um Lanterna arrogante, que agora vai trilhar o seu caminho para a redenção, como todo bom herói mítico¹. Mas pra isso acontecer, talvez ele tenha que se aliar a... ah, vocês sabem muito bem QUEM

Ohh.. running with the devil...

A arte de Doug Mahnke é uma das melhores coisas da revista, dá pra ter uma idéia pelas páginas que eu postei aqui. Enfim, não tem nada de inovador, mas assim como a saga anterior que Johns escreveu para os Lanternas, diverte. Vale a leitura, não fica aquela impressão de espaço desperdiçado do HD, ops, na estante (afinal aqui nesse blog ninguém lê scans, ok?), como em LJA #01.

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¹ Sendo hipster e fazendo referência, essa jornada do herói é algo que o antropólogo Joseph Campbell descreveu em "O Poder do Mito", e é quase obrigatória nas HQs. Pra não ser tão cult, um link da wikipédia com os estágios da jornada do herói.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ultimate Spider-Man v2 #1


E surgiu o novo Homem-Aranha. Acredito que a espera pela edição número 1 de Ultimate Spider-Man Vol. 2 pode ser comparada a espera pelas revistas do reboot. A reformulação de um personagem clássico sempre gera expectativa e insegurança, e vou contar pra vocês o que achei do resultado do Extreme Makeover realizado por Brian Bendis e Sara Pichelli.

O melhor roteirista careca de comics não desaponta, os diálogos longos e bem construídos característicos de sua obra estão presentes desde o começo, numa cena flashback envolvendo Norman Osborn em sua incessante busca de replicar sua mais bem-sucedida criação, o Aracnídeo amigão da vizinhança.

Temos um novo personagem misterioso (pra mim lembra o Deadpool), que é difícil dizer se é herói ou vilão, mas logo ficamos sabendo qual sua relação com o novo herói.

Quando somos introduzidos a família Morales, percebemos que a personalidade de Miles, o novo Aranha, não destoa muito da de Peter Parker, ou seja, ainda temos um protagonista gente boa e preocupado com o bem-estar dos outros, o que é um alívio, não consigo imaginar o Homem-Aranha de outro jeito.

Família Morales. Abaixo, titio Snoop Dogg

A arte de Sara Pichelli também não desaponta. Pra mim o estilo dela lembra muito o do Mark Bagley, o que é fundamental pra manter o tom da revista, porém acho que ainda dou uns pontinhos a mais pra ela, que tem um traço menos “cartunesco” que o do artista original do Aranha Ultimate.

Eu esperava que o modo como Miles conseguiria seus poderes seria mais criativo, o que me deixou um pouco decepcionado, mas no final rolou uma surpresa legal, mostrando que certamente teremos também muitas novidades nesse, que é, afinal, um personagem totalmente novo, inserido num cenário parcialmente conhecido, no qual sabemos que existe muito potencial pra ótimas histórias. Temos 10 anos de publicações aí que provam isso.


PS: quem é nerd de verdade sempre fica feliz de ver referências a obra de Douglas Adams!

Aranha da Vida, o Universo e Tudo o Mais